Minha comida, meu humor
Uma coisa muito importante na vida das pessoas e' o pao nosso de cada dia. Somos o que comemos e isso tem termos muito mais amplos do que um simples ditado popular. Eu sou a prova viva disso: meu humor se faz de acordo com o cardapio do dia.
Ha' 7 meses trabalho em um tipico cafe' ingles, preparando e ingerindo 6 dias da semana o popular English Breakfast. Sou um mutante gastronomico.
Nesses 6 dias tao sofridos da minha semana (alem da comida preciso acordar cedo) meu cafe da manha-almoco que acontece por volta das 10 horas da manha inclui como base 2 ovos, bacon, fritas e baked beans (pros desavisados consiste em feijao ao molho de tomate). Tenho a opcao de variar nos devidos acompanhamentos que sao especiarias todas preparadas em muita gordura e a base de batatas (pelo menos elas sao inglesas). Dentro dessa dieta maravilhosa incluem-se omeletes - nem adianta dizer que omelete e' bom porque depois de 1 semana voce nao quer ver nem galinha na sua frente - e em alguns dias de bom humor do meu "boss", pastas.
Uma comida que e' preparada em fritadeiras e panelas gordurosas nao faz ninguem feliz. Nem quem cozinha, muito menos quem come. Comer e' uma arte que (e)(i)nvolve a escolha dos ingredientes, a preparacao, mistura, cozimento, montagem do prato e a esperada degustacao. Se esse processo se resume a abrir um saco plastico, jogar a comida dentro de uma fritadeira ou de um microondas a arte se tranforma em ato. Um ato mecanico sem sentimento, sem sabor e assim sendo, sem prazer.
Mas o lado positivo - aprendi a sempre encontrar um - e' que tudo acontece rapidamente: a preparacao, o comer e a (in)satistacao garantida. Voce come e nem percebe que nao gostou, porque prefiro acreditar que o povo daqui come isso ha seculos nao porque gosta.
Nesse mais de meio ano pude notar o processo de reacao do meu organismo. A grande quantidade de gordura me faz (mais) preguicoso, fatigado. E o pior e' que apos a comida tenho que continuar trabalhando. Tenho 20 minutos para engolir tudo, com a ajuda de um cha, o tal "white tea" (cha preto com leite), fumo meio cigarro e volto pro batente. Para nao dizer que so' falo mal, o pao ate' que e' bom!
Trabalho ate' as 15h e assim que acabo meu turno a comida ainda esta' la, no meu estomago, intacta. Meu organismo lutando para tentar comecar a digeri-la em meio a litros de agua que tomo de maneira incontrolavel apos a sofrida refeicao. No caminho de volta so' preciso de 5 minutos sentado dentro do metro para desmair. Durmo de estacao a estacao, troco de trem, entro no outro, durmo de novo e enquantro durmo meus sonhos sao os de chegar em casa o mais rapido possivel... e durmir!
Ja' em casa, me dedico a atividades compativeis a minha situacao. Jogo playstation, fico na internet, leio. Tenho preguica desde ir ao banheiro ate' fazer uma comida que lembre a comida que comia la' em casa no Brasil. Aquela pessoa festeira se apagou em mim - apesar da pressao de meus companheiros de baia - meus dias de musica eletronica, ir trabalhar virado, sair no meio da semana, organizar festas mirabolantes em casa, enfim todas as coisas que fiz durante esse 1 ano de vida londrina agora parecem nao ter mais tanta graca. Eu quero e' afundar no sofa' e nao fazer mais nada!
Nao sei se o que me da depressao e' a tal comida inglesa - uma vida em meio a pessoas que comem a tal comida - ou a falta da comidinha da mamae...
Acho que meus dias em Londres comecaram a chegar ao final.
Ps.: o tal desejo de comer alguma coisa que lembre minha casa, minha vida-bonissima no Brasil me leva a cometer atos ilicitos, como o de roubar bala de caramelo (importadas do Brasil) da minha companheira de armario Thais...So' alivio minha culpa pq hoje fiquei sabendo que nao sou so' eu!!!
Ha' 7 meses trabalho em um tipico cafe' ingles, preparando e ingerindo 6 dias da semana o popular English Breakfast. Sou um mutante gastronomico.
Nesses 6 dias tao sofridos da minha semana (alem da comida preciso acordar cedo) meu cafe da manha-almoco que acontece por volta das 10 horas da manha inclui como base 2 ovos, bacon, fritas e baked beans (pros desavisados consiste em feijao ao molho de tomate). Tenho a opcao de variar nos devidos acompanhamentos que sao especiarias todas preparadas em muita gordura e a base de batatas (pelo menos elas sao inglesas). Dentro dessa dieta maravilhosa incluem-se omeletes - nem adianta dizer que omelete e' bom porque depois de 1 semana voce nao quer ver nem galinha na sua frente - e em alguns dias de bom humor do meu "boss", pastas.
Uma comida que e' preparada em fritadeiras e panelas gordurosas nao faz ninguem feliz. Nem quem cozinha, muito menos quem come. Comer e' uma arte que (e)(i)nvolve a escolha dos ingredientes, a preparacao, mistura, cozimento, montagem do prato e a esperada degustacao. Se esse processo se resume a abrir um saco plastico, jogar a comida dentro de uma fritadeira ou de um microondas a arte se tranforma em ato. Um ato mecanico sem sentimento, sem sabor e assim sendo, sem prazer.
Mas o lado positivo - aprendi a sempre encontrar um - e' que tudo acontece rapidamente: a preparacao, o comer e a (in)satistacao garantida. Voce come e nem percebe que nao gostou, porque prefiro acreditar que o povo daqui come isso ha seculos nao porque gosta.
Nesse mais de meio ano pude notar o processo de reacao do meu organismo. A grande quantidade de gordura me faz (mais) preguicoso, fatigado. E o pior e' que apos a comida tenho que continuar trabalhando. Tenho 20 minutos para engolir tudo, com a ajuda de um cha, o tal "white tea" (cha preto com leite), fumo meio cigarro e volto pro batente. Para nao dizer que so' falo mal, o pao ate' que e' bom!
Trabalho ate' as 15h e assim que acabo meu turno a comida ainda esta' la, no meu estomago, intacta. Meu organismo lutando para tentar comecar a digeri-la em meio a litros de agua que tomo de maneira incontrolavel apos a sofrida refeicao. No caminho de volta so' preciso de 5 minutos sentado dentro do metro para desmair. Durmo de estacao a estacao, troco de trem, entro no outro, durmo de novo e enquantro durmo meus sonhos sao os de chegar em casa o mais rapido possivel... e durmir!
Ja' em casa, me dedico a atividades compativeis a minha situacao. Jogo playstation, fico na internet, leio. Tenho preguica desde ir ao banheiro ate' fazer uma comida que lembre a comida que comia la' em casa no Brasil. Aquela pessoa festeira se apagou em mim - apesar da pressao de meus companheiros de baia - meus dias de musica eletronica, ir trabalhar virado, sair no meio da semana, organizar festas mirabolantes em casa, enfim todas as coisas que fiz durante esse 1 ano de vida londrina agora parecem nao ter mais tanta graca. Eu quero e' afundar no sofa' e nao fazer mais nada!
Nao sei se o que me da depressao e' a tal comida inglesa - uma vida em meio a pessoas que comem a tal comida - ou a falta da comidinha da mamae...
Acho que meus dias em Londres comecaram a chegar ao final.
Ps.: o tal desejo de comer alguma coisa que lembre minha casa, minha vida-bonissima no Brasil me leva a cometer atos ilicitos, como o de roubar bala de caramelo (importadas do Brasil) da minha companheira de armario Thais...So' alivio minha culpa pq hoje fiquei sabendo que nao sou so' eu!!!
gab.
3 Comments:
Gabriel, tenho que concordar com a Val, tu adora mesmo reclamar. Fica reclamando que soh come porcaria, mas, qd te ofereco morango e kiwi, tu nunca quer. Dai fica roubando bala de caramelo, que eh uma coisa bem saudavel... Depois a ambigua sou eu.
Ah, e eu ainda vou descobrir quem eh essa terceira pessoa q se associou das minhas balas.
Capaz mesmo, podem pegar (agora q ja te terminando). So nao me pecam pra comprar outro azeite de oliva.
Bah, ta terminando o azeite de oliva da Baia.
eu to achando q prefiro o bacon do bosso alberto por ai do q comer uma salada e ir pra aula do lobatto! hehe
nao te morgueia rapah!!! aproveita a finaleira por ai, vai no coronet ve as brota e tal!
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